Corte de árvores para obra da Copa em Porto Alegre será mantido

Uma nova audiência pública realizada em Porto Alegre na segunda-feira (18) terminou com a decisão de manter o corte de árvores para a ampliação da Avenida Edvaldo Pereira Paiva (Beira Rio), prevista dentro das obras da Copa do Mundo de 2014. A polêmica gerou quase quatro horas de debates na Câmara Municipal de Porto Alegre. A retirada das árvores da Praça Júlio Mesquita começou em fevereiro, mas fori suspensa após mobilização popular. A data de recomeço dos cortes não foi divulgada.

A prefeitura de Porto Alegre argumentou que a realização da obra é necessária para garantir a fluidez do trânsito e a segurança dos usuários de dois principais parques da cidade, Mauricio Sirotsky Sobrinho e Marinha do Brasil. No fim da audiência, o vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB) anunciou a retomada dos cortes. Serão discutidas, porém, novas formas de compensação ambiental e também a criação do Parque da Usina do Gasômetro, que está previsto no Plano Diretor da capital.





A obra exige o corte de 115 vegetais. Inicialmente, a previsão era a derrubada de 312 árvores, mas o cuidado com a preservação ambiental determinou a redução deste número, segundo o biólogo da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) José Roberto Meira.

Durante o evento na cidade de Porto Alegre, o plenário ficou dividido. Passaram pela tribuna mais de 20 pessoas, entre elas, nove vereadores. Vaias e gritos da plateia atrapalharam as falas. Entre os participantes contrários à derrubada das árvores, a vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) rebateu as propostas da prefeitura. “Não vi em nenhum programa eleitoral o prefeito Fortunati dizendo que ia cortar árvores e que iria defender as empresas de ônibus. Estão rasgando o Plano Diretor para construir uma freeway no lugar de um parque”.

Pela liderança do governo, o vereador Reginaldo Pujol (DEM) afirmou que a obra “pode significar o nascimento de novas árvores na cidade”, fazendo referência ao plantio de compensatório de 401 mudas.

A promotora Ana Maria Moreira Marchesan pediu que o município suspendesse o corte das árvores por mais alguns dias para que o tema seja melhor discutido com o Ministério Público.

Fonte: G1





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