Limites – Cidades Vizinhas.
Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Nova Santa Rita e Viamão.
Dados Principais sobre Porto Alegre
Aniversário: 26 de Março.
Fundação : 1772
Gentílico: Porto-alegrense
Area: 496,827 Km²
População 1 413 094 hab. (2011)
IDH 0,865 – elevado
Prefeitura Porto Alegre
Vídeo sobre a cidade de Porto Alegre
Mapa de Porto Alegre
Moradores ilustres de Porto Alegre
História de Porto Alegre
Porto Alegre é uma cidade brasileira e a capital do estado mais meridional do Brasil, o Rio Grande do Sul. Pertence à mesorregião metropolitana de Porto Alegre e à microrregião de Porto Alegre. Com uma área de quase 500 km², possui uma geografia diversificada, com morros, baixadas e um grande lago, o Guaíba, distando 2027 quilômetros de Brasília, a capital nacional.
A cidade constituiu-se a partir da chegada de casais açorianos em meados do século XVIII. No século XIX contou com o influxo de muitos imigrantes alemães e italianos, recebendo também espanhóis, africanos, poloneses e libaneses. Desenvolveu-se com rapidez, e hoje abriga mais de 1,4 milhões de habitantes. A cidade enfrenta muitos desafios, entre eles a grande população ainda vivendo em condições de pobreza e sub-habitação, um alto custo de vida, deficiências sérias no tratamento de esgotos, muita poluição e degradação de ecossistemas originais, índices de crime elevados (embora indicando uma tendência de queda) e crescentes problemas de trânsito.
Por outro lado, ostenta mais de 80 prêmios e títulos que a distinguem como uma das melhores capitais brasileiras para morar, trabalhar, fazer negócios, estudar e se divertir. Foi destacada em anos recentes também pela ONU como a Metrópole nº1 em qualidade de vida do Brasil por três vezes; como possuindo um dos 40 melhores modelos de gestão pública democrática pelo seu Orçamento Participativo, e por ter o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as metrópoles nacionais. Dados do IBGE a apontaram em 2009 como a capital brasileira com a menor taxa de desemprego, a empresa de consultoria britânica Jones Lang LaSalle a inclui em 2004 entre as 24 cidades com maior potencial para atrair investimentos no mundo e figura na lista da Pricewaterhouse Coopers entre as cem cidades mais ricas do mundo. Porto Alegre é uma cidade influente no cenário global, recebendo a classificação de cidade global “gama -“, por parte do Globalization and World Cities Study Group & Network (GaWC).
Além disso Porto Alegre é uma das cidades mais arborizadas e alfabetizadas do país, é um polo regional de atração de migrantes em busca de melhores condições de vida, trabalho e estudo, e tem uma infraestrutura em vários aspectos superior à das demais capitais do Brasil. Foi manchete internacional quando sediou as primeiras edições do Fórum Social Mundial e foi escolhida recentemente como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Também tem uma cultura qualificada e diversificada, com intensa atividade em praticamente todas as áreas das artes, esportes e das ciências, muitas vezes com projeção nacional, além de possuir ricas tradições folclóricas e um significativo patrimônio histórico em edificações centenárias e numerosos museus.
Economia
Segundo dados do IBGE, o PIB de Porto Alegre em 2007 era de 33,43 bilhões de reais e seu PIB per capita 23.534 reais. As receitas orçamentárias realizadas nas finanças públicas atingiram em 2008 2,86 bilhões de reais e as despesas orçamentárias chegaram a 2,52 bilhões. O seu valor no Fundo de Participação dos Municípios era de 133.773.590,80 reais. Havia 90.077 empresas registradas no Cadastro Central de Empresas, 85.156 atuantes, ocupando 780.549 pessoas, sendo destas 669.451 assalariadas. Mais de 16 bilhões de reais foram pagos em salários em 2008, com um salário médio mensal de 4,6 salários mínimos. De acordo com a ONU e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Porto Alegre teve em 2001 o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as metrópoles nacionais. O Coeficiente de Gini registrado em 2003 era de 0,44, com uma incidência de pobreza de 23,74%, e 17,1% de pobreza subjetiva. Em 2006 o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico era de 0,832 e a taxa de desemprego em 2009 foi de 5,8%, com maior incidência na indústria. O relatório Doing Business elaborado pelo BIRD colocou a cidade entre as mais favoráveis no Brasil para a atividade empresarial, estando à frente de São Paulo.
Em agosto de 2010 Porto Alegre foi a capital com o custo da cesta básica mais elevado, chegando a 240,91 reais. Em vários indicadores de custo de vida em 2009 Porto Alegre ficou entre as capitais mais caras, como em serviços e suprimentos domésticos, transporte, vestuário e calçados, mas estava entre as mais baratas para lazer e entretenimento.
Setor primário
Entre 2007-2008 na agricultura se destacou a produção de arroz em casca, com 2.517 toneladas, com produções bem menores de milho (125 t), feijão (5 t), caqui (29 t), figo (45 t), goiaba (60 t), laranja (132 t), noz (14 t), pera (252 t), pêssego (600 t), tangerina (198 t), uva (225 t), batata-doce (300 t), cana-de-açúcar (630 t), cebola (9 t), fumo (5 t), mandioca (350 t), melão (375 t) e tomate (320 t). Também foram extraídos 22.814 m³ de lenha. Na pecuária em 2008 havia um rebanho de 9.891 bovinos, produzindo 1.148 mil litros de leite, 7.952 equinos, 569 bubalinos, 3.628 suínos, 266 caprinos, 1.397 ovinos, produzindo 3.263 kg de lã, 7.700 galos, frangos, frangas e pintos, 8.287 galinhas, com uma produção de 8 mil dúzias de ovos, 19.600 codornas, dando 130 mil dúzias de ovos, 720 coelhos, e uma produção de mel de abelha de 6.311 kg. No Censo Agropecuário de 2006 foram registrados 294 estabelecimentos agropecuários de produtores individuais, com uma área produtiva de 5.597 ha, 2 cooperativas (372 ha), 24 sociedades pessoais ou consórcios (1.483 ha), e 20 sociedades anônimas (1.329 ha). No PIB municipal, o valor adicionado bruto da agropecuária em 2007 foi de 15.859.000 reais.
Setores secundário e terciário
Porto Alegre é sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), uma entidade que representa empresas, associações, sindicatos, centros e câmaras de indústria e comércio de todas as regiões do estado. Entre 1990 e 2000 a cidade experimentou um declínio na concentração de atividades industriais em relação às outras economias, perdendo empregos na indústria para o interior do estado e para a periferia da Região Metropolitana, a qual por sua vez também tem vivido uma desconcentração industrial. Em 1999 a indústria respondia por apenas 30% do PIB municipal, empregando somente 8% dos ativos e com o setor da microempresa predominando. Nos últimos dez anos o número de indústrias caiu 17%. Nas palavras de Valter Nagelstein, Secretário Municipal da Indústria e Comércio, a reversão desse processo só poderá acontecer se forem atraídas indústrias de alta tecnologia, que têm valor agregado e geram empregos com remuneração mais alta, já que o espaço da cidade não comporta mais grandes fábricas, e admite que é preciso criar políticas públicas para atrair essas empresas, que incluam a concessão de incentivos tributários.
Na construção civil a tendência tem sido a concentração na edificação imobiliária, com significativo crescimento em termos de número de empreendimentos e área construída. Em 2009, contudo, o indicador que mede o comportamento das vendas de imóveis da cidade de Porto Alegre sinalizou uma queda, na média dos oito primeiros meses do ano, relativamente ao verificado em 2008, de cerca de 43%. Em direção oposta, o volume de recursos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo para financiamento imobiliário, tanto para a construção quanto para aquisição, cresceram significativamente no período. No censo imobiliário de 2010 foram identificados 342 empreendimentos imobiliários à venda, pertencentes a 195 empresas, totalizando 5.679 unidades novas, com uma área total em oferta de 675,43 mil m². Paulo Vanzetto Garcia, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (SINDUSCON-RS), disse em agosto de 2010 que o mercado imobiliário de Porto Alegre passa por um bom momento.
Embora possua um parque industrial diversificado, em vista da sua economia dinâmica, da forte e moderna infraestrutura física e técnico-científica, e da qualificação do mercado de trabalho, Porto Alegre vem mostrando uma tendência para a concentração em atividades do setor terciário, crescendo a indústria do conhecimento, o comércio e os serviços. Há uma especialização em atividades administrativas, técnicas, científicas e assemelhadas, ostentando um Quociente Locacional (indicador de especialização) próximo de 2,0. Há da mesma forma uma tendência ao crescimento nos níveis de rendimentos reais dos empregados no setor público e dos trabalhadores autônomos, Em 2002 o comércio representava cerca de 30% do PIB municipal, e o setor de serviços, cerca de 40%. Em 2004 cerca de 32% das empresas estavam no comércio varejista e atacadista, cerca de 64% eram do setor de serviços e apenas cerca de 3% se dedicavam à indústria. As exportações totais em 2008 alcançaram o valor de 1.228.626.776 dólares (FOB).
Parte desse fenômeno se deve à concentração na cidade de sedes administrativas de grandes empresas gaúchas, como a Gerdau, a Ipiranga e a Rede Brasil Sul de Comunicações. Outro elemento que favorece a especialização terciária é a crescente procura da cidade por empresários estrangeiros que desejam instalar filiais que sirvam de entreposto para comércio com os países do MERCOSUL, em função da posição geográfica estratégica de Porto Alegre neste bloco comercial. Vêm crescendo o número de empreendimentos hoteleiros para atender a esta movimentação do empresariado e também à expansão da indústria do turismo. Na esteira da desconcentração industrial, muitas empresas abandonaram suas instalações na cidade, ocasionando o relativo despovoamento do antigo distrito industrial da Zona Norte, contribuindo para a degradação da região. Têm sido realizados nos últimos anos diversos estudos e propostas de recuperação dos pavilhões abandonados, muitos deles de interesse histórico e arquitetônico, e revitalização econômica da área. A Prefeitura planeja para ali a instalação de um pólo tecnológico.
Outra tendência que desde os anos 1970 vem sendo apontada, não apenas em Porto Alegre mas em todas as capitais brasileiras, é o progressivo declínio do comércio varejista de rua para organização em centros comerciais. Entretanto, mesmo estes centros em anos mais recentes vêm enfrentando a concorrência de vários, grandes e modernos shopping centers que se instalam na capital. Parte disso se deve a aspectos de segurança, acessibilidade e conforto, mas não obstante, no Centro, em especial em torno da Rua da Praia, ainda sobrevive um ativo comércio de rua, dando continuidade a uma vocação tradicional da área. Outros pólos de comércio de rua são as avenidas Azenha e Assis Brasil. Os shopping centers também contribuem para a valorização de algumas áreas urbanas desprestigiadas ou adormecidas antes de sua instalação, como foi o caso do Shopping Iguatemi, que depois dos anos 1980 vitalizou todo o espaço entre as avenidas Nilópolis e Nilo Peçanha, até então considerado distante do Centro e de acesso difícil.
Turismo
Porto Alegre era em 2007 a sexta porta de entrada de visitantes estrangeiros no país. Entre 1999 e 2007, 376.095 estrangeiros entraram no estado via aérea por Porto Alegre. O turismo cresce principalmente por a cidade ser um ponto de partida para viagens a outros pontos interessantes do estado como a Serra do Nordeste, o litoral e a região das Missões. Alguns autores acreditam que o turismo local poderia ser muito mais explorado, especialmente as atividades que envolvem o lago e a cultura, mas tanto a iniciativa privada como a pública já têm direcionado esforços para incrementar esta área da economia.
Uma pesquisa sobre o perfil do turista brasileiro na capital levada a cabo em 2010 revelou que apenas 12,8% dos visitantes viajaram com finalidade de lazer. A maior parte deles viajou por negócios ou a trabalho (35,2%) ou para visitar parentes e amigos (34%). As atividades realizadas pelo público total, contudo, variaram: 44,8% visitaram amigos e parentes, 38% realizaram negócios, 30% experimentaram a culinária, 29,2% fizeram compras, mas apenas 16,4% visitaram parques, o lago ou passaram tempo em lazer, 14% assistiram a espetáculos, e somente 8,4% se dedicaram a atividades culturais. A maior percentagem, 36,4%, gastou menos de 300 reais na viagem, apenas 14,4% gastou mais de 1.300 reais. Entretanto, 85,6% recomendariam Porto Alegre para conhecidos como um destino de lazer, e 89,2% expressaram intenção de voltar. Os pontos positivos destacados na estadia em Porto Alegre foram a gastronomia, a hospitalidade, a boa hospedagem, o lazer e entretenimento, os atrativos turísticos e serviços de transporte. Os menores níveis de satisfação foram para a segurança, a limpeza pública e a sinalização urbana. Os maiores atrativos turísticos foram apontados nos parques, na cultura e nas compras, e os menos atraentes foram os negócios, os serviços de saúde e os eventos.
Desde 2003 a prefeitura vem investindo na Linha Turismo, um itinerário percorrido em ônibus aberto que passa pelos principais pontos turísticos da cidade. A Linha oferece duas opções: Centro Histórico e Zona Sul. Em funcionamento desde janeiro de 2003, a Linha Turismo já foi procurada por mais de 364 mil pessoas. Outros itinerários oferecidos pela Prefeitura podem ser praticados pelos turista nos Caminhos Rurais, visitando a região de chácaras e antigas fazendas na zona sul, as Caminhadas Orientadas/Viva o Centro a Pé, visitando o centro histórico acompanhado de guias, e a Estação Porto Alegre, com roteiros variados a preços baixos. Há também sempre acontecendo uma quantidade de espetáculos de teatro e música, exposições de arte, eventos, seminários, feiras, esportes, festas e comemorações de variada natureza, muitas delas acessíveis até para quem dispõe de poucos recursos, ou mesmo inteiramente gratuitas. Também pode-se conhecer a cidade a partir do lago em passeios náuticos e as tradições tipicamente gauchescas nos inúmeros Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) espalhados pela cidade. A capital gaúcha tem hoje cerca de 80 hotéis das principais redes e mais de 12,7 mil leitos, além de possuir no seu entorno hotéis-fazenda e pousadas. Entre os melhores da cidade se encontram os hotéis das redes Plaza e Blue Tree. Diariamente sai do hotel Plaza São Rafael um roteiro de turismo paleontológico.
Educação
Porto Alegre em 2007 recebeu do Ministério da Educação o selo que a reconhece como Cidade Livre do Analfabetismo, concedido a toda cidade que alcançar 96% de alfabetização. Entre as capitais, além de Porto Alegre, apenas Curitiba e Florianópolis foram reconhecidas. Conforme o censo do IBGE de 2000 Porto Alegre registrou taxa de analfabetismo de 3,3%. Em 2009 seu ensino fundamental era servido por 369 escolas e 8.777 docentes, atendendo a 190.005 matriculados; o ensino médio era dado por 3,281 professores em 142 escolas, para 51.319 alunos. O Colégio Militar de Porto Alegre ficou em 2007 na 14ª colocação entre as melhores escolas da rede pública brasileira com maiores médias no ENEM. Na escala estadual, o Colégio Militar e o Colégio Anchieta são os dois melhores.
Existem muitas universidades e faculdades, e as duas maiores universidades sediadas em Porto Alegre foram consideradas em 2006 como as melhores da região sul do Brasil – a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Em 2009 a PUC-RS foi premiada como a melhor universidade do ano do Brasil entre as privadas, segundo o V Prêmio Melhores Universidades 2009, do Guia do Estudante e Banco Real – Grupo Santander. Em 2010 a UFRGS se colocou entre as 500 melhores universidades do mundo. No Índice Geral de Cursos (IGC) elaborado pelo Ministério da Educação, a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e a UFRGS ficaram entre as doze melhores do Brasil, respectivamente na segunda e quinta posições.
Para homenagear a comunidade de moradores desta maravilhosa cidade, o Encontra Rio Grande do Sul criou o Encontra Porto Alegre .